tag:blogger.com,1999:blog-39992848121518782682024-02-20T15:36:19.824-08:00Seria Cômico, Se Não Fosse TrágicoFatos reais na vida de um Fotógrafo Técnico Pericial. Unknownnoreply@blogger.comBlogger33125tag:blogger.com,1999:blog-3999284812151878268.post-64016489272474741902010-03-26T17:00:00.000-07:002010-03-26T17:00:40.288-07:00O MORTO ERA OUTROEra uma tarde de sexta feira, nublada, de verão, fevereiro abafado. Estávamos no Cemitério Nossa Senhora da Paz, periciando uma exumação.<br />
Este é o tipo de serviço que eu pagaria para outro colega fazer. É burocrático, detalhado, demorado, muitas vezes, de odor desagradável. <br />
Nosso trabalho ia transcorrendo a contento. O defunto já estava fora do caixão, eu já havia feito algumas fotos, o médico legista já estava paramentado para iniciar os exames, o Perito também, já havia feito as anotações preliminares, quando notamos um funcionário do cemitério, vindo em nossa direção, acenando espalhafatosamente, e falando em voz alta, que o cadáver a ser periciado era outro.! ! Como não rir?<br />
Lá foram Perito, médico legista, Delegado, Encarregado, e o Administrador do Cemitério até a sede da Administração, conferir os documentos. Realmente, houve um erro de digitação do número do túmulo, e por coincidência, ambos eram do sexo masculino e foram enterrados no mesmo dia. Bem.... Tivemos que começar tudo de novo: esperar os coveiros enterrar novamente o cadáver errado, fechar o túmulo, abri o outro túmulo, retirar o novo cadáver., pois, só havia uma equipe de funcionários para fazer todo o serviço. Mais de uma hora de espera...... E para complicar mais o dia, começou a chover........<br />
Ao final, o defunto tomou um banho, e voltou ao túmulo para, desta vez, descansar em paz.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3999284812151878268.post-71292363686890462172010-03-10T19:14:00.000-08:002010-03-10T19:14:35.936-08:00FELIZ ANO NOVOEra dia 31 de dezembro, e estávamos iniciando o plantão às 19 horas.<br />
Vários anos trabalhei em dias de viradas de anos, mas este foi marcante por ter ocorrido “uma gafe federal” proporcionada por nosso colega investigador, o Gilberto, um sujeito muito espirituoso em fazer gozações com outros colegas. <br />
Havíamos combinado para que, cada colega, trouxesse um prato de alimento para fazermos uma pequena ceia e já estava quase tudo pronto, quando fomos acionados para atender a um local de suicídio. <br />
Esta época de natal e final de ano, sempre observei que, houve um aumento de casos desse tipo, quando algumas pessoas, ficam depressivas, melancólicas, tristes e não suportando a solidão, desistem da vida.<br />
Quando chegamos á residência indicada pelo CEPOL, era por volta da 01 hora do dia primeiro, encontramos uma garota, com 21 anos, dependurada, enforcada, em uma árvore, no quintal. Lá estavam, parentes, vizinhos, amigos, muitas pessoas. E, então, ocorreu o inusitado. Nosso colega, entrando por último, disse em alto e bom som :- Boa noite, Feliz Ano Novo a todos !!!!!!<br />
Eu e o Perito voltamos e fomos rir em outro canto.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3999284812151878268.post-71381110419676466122010-02-25T04:38:00.000-08:002010-02-25T04:44:15.243-08:00OS SAPATINHOS DA PERITAEra quarta feira de carnaval, plantão tranqüilo, estávamos refestelados no alojamento, vendo na TV as reprises dos desfiles das escola de samba e comendo pipoca.<br /> Logo à tardinha, fomos chamados para um local de atropelamento fatal em linha férrea.<br /> Esse tipo de acidente, ou é suicídio, ou é um bebum, ou criança, ou raramente, um distraído ou maluco que quis atravessar na frente do trem pensando que fosse possível dar tempo. <br /> Nesse caso foi suicídio, deixou bilhete para a família, tinha depressão profunda. <br /> O cômico do dia foi que, a perita que nos acompanhava, era uma garota que andava sempre elegante, não recordo de vê-la, alguma vez, usando calças Jeans, ou camisetas. Sempre de vestido, maquiada, algum brinco, cabelos arrumados e usando sapatos com saltinhos. Se, íamos a uma favela ou em lugares sem asfalto, grama, ou barro, ela trocava os sapatos por botinhas. <br /> Naquele dia ela não levou as botinhas. Ao andarmos pela linha férrea, pesquisando vestígios, fotografando pedaços do cadáver, vistoriando a locomotiva etc., a colega enroscou os saltinhos nos dormentes e nas pedras, quebrando ambos os sapatos. Ela quase chorou. Nós rimos. E agora? Deixaríamos a colega descalça, andar sobre pedras? Para não causar mal maior e também por cavalheirismo nosso, carregamos no colo a perita até a viatura. (e se ela machucasse os pezinhos?)<br />Até o final do plantão, meio constrangida, ela usou suas botinhas..... e nós continuamos a comer pipoca.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3999284812151878268.post-27654362011152861302010-01-24T15:09:00.000-08:002010-01-24T15:13:59.414-08:00O PERITO DISTRAIDOEstávamos no mês de junho, e numa quinta feira, nossa equipe foi escalada para um plantão de 24 horas. Já havíamos cumprido 12 horas de um plantão “marrento”, e rodado mais de 120 km, só dentro do município. Esperávamos uma noite tranqüila para dar uma “encostada” nos velhos sofás que tínhamos na Sede. Porém, por azar, logo após o lanche da noite, fomos chamados para um acidente na Rod. Anhanguera. Estávamos cansados. O Perito mais ainda, pois tinha outro emprego, e tinha dormido muito pouco. <br />Chegamos a um local de engavetamento, carros e caminhões haviam colidido e capotado. Acidente grave, com vários feridos e algumas vítimas fatais. Era um trabalho pericial complicado, pois havia uma densa neblina, com visibilidade muito curta, trânsito parado, e os policiais rodoviários estavam apreensivos tentando evitar mais acidentes e atropelamentos dos curiosos.<br />Os bombeiros e o pessoal da DERSA já tinham retirado os feridos e para não complicar mais ainda a situação, o Perito autorizou os policiais e bombeiros a removerem para o acostamento os veículos envolvidos, liberar a pista e, que deixassem os cadáveres nos veículos, e esperaria uns minutos a neblina baixar, para reiniciar os trabalhos. Então ele me disse: - Vou tirar um cochilo na viatura e quando a neblina melhorar você me chama ok? Eu decidi ficar e conversar com os colegas fotógrafos da impressa, que também, estavam por lá. <br />O fato cômico que ocorreu foi que, o Perito entrou, muito distraidamente, em uma viatura da policia rodoviária, semelhante a nossa. Deitou no banco traseiro e cochilou. O Policial que estava com aquela viatura, chegou, não notou nada, e foi para outro ponto da rodovia fiscalizar o trânsito ainda complicado. Ninguém de nós viu isso. Passado mais de uma hora, fui procurar o Perito. O dia estava clareando, a neblina estava quase se dissipando e já havia uma boa luz para a tomada de fotos. <br />Procurei na nossa viatura, não estava. Perguntei para algumas pessoas e policiais, ninguém viu o Perito!!. Eu já estava ficando preocupado, quando eis que chega o Perito em uma viatura da Policia Rodoviária, acompanhado de um oficial, todo atrapalhado e desconsertado, dizendo-me que fora tomar um cafezinho no posto rodoviário próximo. Foi verdade, quando ele chegou lá e acordou, deram-lhe bastante cafezinhos para espantar o sono e continuar o trabalho.......A gozação durou mais que uma semana......Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3999284812151878268.post-50877973568050007442010-01-16T05:06:00.000-08:002010-01-16T19:08:19.309-08:00O SEGURANÇA<a href="http://4.bp.blogspot.com/_-heCGrCU0Hc/S1J_Dxcc99I/AAAAAAAAFTE/f326mrDYyF8/s1600-h/seguran%C3%A7a.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 214px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_-heCGrCU0Hc/S1J_Dxcc99I/AAAAAAAAFTE/f326mrDYyF8/s320/seguran%C3%A7a.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5427540203723880402" /></a><br />Semana-Santa, feriadão de sexta-feira. Dia calorento de outono. Cidade vazia, mas, as picinas dos clubes e as “prainhas” da periferia estavam cheias. Em nossa cidade existem várias lagoas, e represas, artificiais, tanto na zona rural como em alguns bairros distantes do centro, onde havia cerâmicas e fabricas de tijolos.;Foi num lugar assim, onde dezenas de adultos e crianças divertiam-se , uns fazendo churrasco, outros ouvindo pagode ou pegando um bronze e. muita gente nadando em águas traiçoeiras, barrentas, poluídas e profundas.<br />Estávamos no plantão há poucas horas quando fomos acionados para um encontro de cadáver, vítima de afogamento. Era mais um chamado normal para estes dias. Ao chegarmos, encontramos algumas dezenas de pessoas cercando o cadáver de uma garota de aproximadamente 14 anos, nem mesmo seus pais sabiam, até aquele instante, que ela estava lá.<br /> Logo notamos um anão, senhor de uns 40 anos, gritando para a galera :-“vamo abri, vamo abri que a Policia Técnica chegô” Além de anão, tinha outro defeito físico, não tinha os braços, apenas duas mãozinhas que nasceram próximo aos ombros. E a galera obedecia, sem reclamar do pequeno homem, colocando ordem no lugar.<br />Foi então que entendemos a “autoridade” dele. Estava vestindo um mini jaleco amarelo, escrito nas costas “SECURITY”. <br />Ao concluirmos as tarefas, agradecemos ao anão, pela “mãozinha”, digo, pela ajuda, e ele ficou todo cheio de si.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3999284812151878268.post-10959251371803554542010-01-16T04:52:00.000-08:002023-04-15T08:00:58.078-07:00CHASSIS DE VACAS ???<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_-heCGrCU0Hc/S1H7EvioJrI/AAAAAAAAFSQ/vUIC8rgI4Rg/s1600-h/Copy+ofVACA.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 194px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_-heCGrCU0Hc/S1H7EvioJrI/AAAAAAAAFSQ/vUIC8rgI4Rg/s320/Copy+ofVACA.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5427395084857910962" /></a><br />Este tipo de ocorrência, realmente, só acontece no interior do estado, além de hilária é rara.<br />Aconteceu em um pequeno município da região leiteira do estado, bem próximo à divisa com o estado de Minas Gerais, onde, certa ocasião, houve freqüentes furtos de cabeças de gado, e naquelas fazendas havia um plantel de vacas importadas de raça pura e de alto valor. <br />Como o assunto já estava se tornando manchete de jornais nacionais, para lá foi transferido um Delegado de Polícia, com poucos anos de casa, mas competente e muito motivado.<br />O Dr. Delegado, logo começou a mostrar serviço, prendendo alguns larápios e recuperando algumas reses. <br />Até que chegou uma madrugada de domingo, quando a Equipe de Perícias foi acordada pelo Delegado para um flagrante de furto de vacas. Ele estava nos esperando na Delegacia, para irmos todos juntos ao local. <br />E ai Dr. do que se trata? Perguntou o Perito. O Sr. Já periciou chassi de vaca? Perguntou o Delegado ao Perito. Essa é novidade Dr., respondeu o Perito, já imaginando alguma gozação do Delegado. <br /> Já amanhecendo, depois de uma curta viagem, chegando a Fazenda a dúvida foi esclarecida: As vacas furtadas da vítima eram marcadas com as letras “I L” e as aprendidas pelo Delegado tinham marcas “P U”, e o Delegado queria saber se a letra “I” tinha sido transforma em “P” e a letra “L” em “U”, pois o dono das vacas furtadas afirmava, veementemente, que aquelas vacas marcadas com “P U” eram suas. Amassando barro e suportando o mau cheiro do estábulo, tudo foi bem fotografado e anotado em detalhes.<br />Conclusão da história: Após uns dois meses, depois do Laudo pronto, exame nas peças de marcação de gado, reuniões com veterinários, administradores e peões da fazenda, e outras testemunhas arroladas no Inquérito, as vacas foram, finalmente, devolvidas ao verdadeiro dono.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3999284812151878268.post-11183170276874269812010-01-06T12:19:00.000-08:002010-01-06T12:23:10.639-08:00O PERITO DORMINHOCOEle veio transferido da baixada santista. Ficou conosco por três anos aproximadamente. Sujeito de bom caráter, brincalhão, simpático e competente na profissão. Porém, bastava entrar na viatura, e três quarteirões adiante, já estava recostado, cochilando. Podia ser durante o dia ou a noite. Durante os plantões noturnos, era difícil acordá-lo para sair, sempre “enrolava” mais um tempinho. <br />Alguns colegas, agentes policiais, quando trabalharam com ele, não gostavam disso. Achavam desrespeito, falta de coleguismo, bobagens desse tipo.<br /> Foi então que, certa madrugada, a equipe foi chamada para uma colisão, em bairro da periferia, e os colegas resolveram aprontar com ele. <br />Ao voltarem para a Sede, ele já cochilando, como sempre, pararam a viatura umas quadras antes, desceram bem devagar, trancaram a viatura e o deixaram lá, dormindo. <br />Algumas horas depois, ele foi acordado por policiais militares, em ronda, que estranharam a viatura ali parada, em local estranho, e uma pessoa dormindo dentro. <br />Foi acordado, muito assustado, ficou constrangido e sem uma explicação razoável para dar aos colegas. Chegou a pé, soltando faíscas por todo lado. <br />Aquela manhã, quase que houve briga de fato. Muito palavrão ameaça de repreensões, gozações, mas logo tudo acabou em pizza e risadas. Nosso Chefe não aprovou a brincadeira.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3999284812151878268.post-62898785285525764272010-01-06T12:00:00.000-08:002010-01-06T12:12:39.392-08:00A PEGADINHAHá vários anos o IC e IML de Campinas, manteem convênio informal com uma Faculdade de Medicina, proporcionando aos alunos quintoanistas, principalmente da matéria de Medicina legal, aulas práticas e visitas aos laboratórios e ao Necrotério. <br /> Houve uma época, quando o Dr. Hermenegildo era o professor responsável por essas turmas, sempre algo de diferente, estranho ou cômico, acontecia durante suas aulas. <br /> Estávamos no necrotério periciando umas vítimas fatais de acidente rodoviário, durante uma tarde calorenta de janeiro, quando chegou o professor com uma turma de uns 35 alunos, sendo a maioria moças, para assistir as necropsias. Resolvemos ficar mais um pouco, mais por curiosidade, pois conhecíamos o modo divertido do Dr. Hermenegildo de fazer suas palestras. <br /> O cheiro do ambiente não era nada agradável, a temperatura estava alta, a sala ficou cheia, e percebi o evidente desconforto natural da turma. Poucos minutos depois, algumas alunas já saiam com náuseas. O Dr. todavia, tentava dar um clima mais agradável as explicações, fazendo brincadeiras e piadinhas. <br /> Passados uns quarenta minutos, o auxiliar de necropsia, fala ao Dr, em alto e bom som, -Dr. Ta faltando um dedo na mão esquerda deste cadáver, e parece que foi cortado agora!!! . (nada havia sido cortado) Com a maior cara de pau, o Dr. foi até o cadáver que estava em outra mesa e confirmou o fato, pedindo a algumas alunas que ali estavam para procurar o dedo em baixo da mesa ou ali pelo chão... Essas coisas acontecem, disse ele. .Elas ficaram meio que preocupadas ou sem saber o que estava acontecendo..... O Auxiliar de necropsia que estava já combinado com o Dr havia escondido um dedo de cera, umedecido com iodo, destes comprados em lojas de quinquilharias, no bolso do jaleco de uma delas. Ninguém da nossa equipe viu o lance. Após uma rápida procura e ninguém achado nada, o Dr. chama a atenção , em tom sério, de uma das meninas que estava com um bolso manchado de vermelho. O que você tem ai no bolso fulana? Está manchado de vermelho, você viu? A aluna, uma garota de traços asiáticos, sempre muito séria, quando enfiou a mão no bolso e sentiu o dedo, ficou branca, sem fala, assustada. Colocou o dedo sobre a mesa e saiu rápido da sala. Foi chorar lá fora. Os homens riram, mas a maioria não aprovou.....<br />Esta pegadinha não pegou bem.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3999284812151878268.post-60951543648455824082009-12-27T16:07:00.000-08:002009-12-27T16:15:16.398-08:00ETA DIA LINGUARUDO!!!!Esta foi a maior das coincidências de fatos que já me ocorreu na vida. <br /> Era um feriado de novembro, plantão calmo, estávamos na sede fazendo pizza, e....fofocando. Falávamos de pessoas linguarudas, línguas maldosas, pessoas que não se controlam e falam demais, imitávamos colegas com língua presa, contava-se piadas de papagaio, etc....etc... <br /> Já pela manhã, tínhamos passado em um Supermercado para a compra dos ingredientes da pizza e nosso colega Investigador, comprou também, enfeites para festa de aniversário de seu filho e aquele brinquedinho de assoprar, que enrola e desenrola conhecido como “língua de sogra” ..Enquanto a pizza não saía, sempre tinha alguém, aborrecendo o outro, assoprando o brinquedo próximo ao rosto..<br /> Algumas horas depois, eis que o Perito recebe uma ligação pelo celular,avisanto que o Delegado do 23° DP, estava solicitando o nosso comparecimento para encontro de membro humano. O colega do CEPOL ainda completou: -Tão dizendo que acharam uma língua !!!! <br />Só faltava essa !!!!<br /> Nossa curiosidade foi aguçada. Saímos rápido. Ao chegar ao local, deparamos com uma pequena aglomeração de curiosos, um cão vadio e um Policial Militar ,em frente a uma borracharia de beira de estrada, observando, sobre uma poça de sangue, uma língua humana. O Perito e o PM, examinando melhor as cercanias do local, rastrearam pingos de sangue, vindos de dentro da borracharia. Quando entramos, encontramos o borracheiro morto, esfaqueado, e sem língua.<br /> Alguns dias depois, soubemos que foi crime encomendado. O Borracheiro “caguetou” bandido pra policia e foi vingado. <br />Ninguém de nós, brincou mais com as linguinhas.....Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3999284812151878268.post-72127167728461025882009-12-27T15:31:00.000-08:002009-12-27T15:51:21.023-08:00OS AJUDANTES DO IMLHouve um período que, no IML da cidadezinha, só havia dois funcionários que faziam de tudo. Eram auxiliares de necropsia, motoristas, recolhiam cadáveres e cuidavam da parte burocrática.Um médico,ia lá só quando necessário. Pois bem.... Certa noite, Manuel estava no plantão noturno, sozinho como de costume, e foi chamado para recolher um cadáver de um homem muito gordo. <br /> Seria muito complicado manipular um corpo pesado e colocá-lo no camburão, ainda mais sozinho, à noite, e num lugar distante, em área rural,de difícil acesso. <br /> O Velho Manuel, além de gostar de umas “biritas”, era mais conhecido como policial durão, do que auxiliar de necropsia e sem dúvida, era também, experiente no que fazia. Parou no Bar do Alemão, pagou uma rodada de cachaça a meia dúzia de amigos, e convocou a turma para ajudá-lo. E lá foram, em três carros, ajudar o Manuel.Todos bem “mamados”, é bom que se diga.<br /> Por volta das três da manhã, a Equipe do IC é acionada para local de acidente com a viatura do IML. Nada de grave. Ocorreu que, na volta para o necrotério, um dos carros dos “auxiliares”, bateu atrás do camburão e o Manuel perdeu o controle do volante, vindo a chocar-se com uma árvore. Mas, o mais complicado foi que o morto gordo teve que esperar várias horas, trancado no camburão, até que um funileiro viesse desamassar a porta traseira para abri-la. E os familiares reclamaram pelo atraso do enterro. .Ahhh, o Manuel ganhou um "galo" na testa e quebrou um dedo.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3999284812151878268.post-41670616378978472112009-12-27T15:18:00.000-08:002009-12-27T15:22:52.651-08:00O PADRE E O CADÁVERHá alguns anos atrás, havia na cidade, uma funerária que era administrada pelo padre local. Ele negociava os enterros e “encomendava” também, as almas dos mortos. Isto funcionou assim por vários anos. Até ai nada de errado ou muito curioso. Muita gente simples pedia até que, quando morressem, seu enterro fosse feito pelo Padre Zezinho.<br /> O caso cômico que ocorreu conosco foi durante uma madrugada de domingo, quando fomos chamados para um acidente fatal, em rodovia. Uma perua funerária preta, Chevrolet, ano 83, após colidir, em uma curva com um caminhão Ford, carregado de cana, capotou várias vezes, estabilizando próximo as margens do Rio Jaboti. Quando chegamos ao local, havia dois cadáveres distantes um do outro, aproximadamente uns quinze metros. Estavam bastante mutilados, com fraturas expostas e ruptura de membros. Havia um caixão funerário aberto, vazio e quebrado, do outro lado da rodovia. Os motoristas haviam sido socorridos por populares e não tinha ninguém no local que soubesse nos contar como o acidente acontecera.<br /> Até então o perito não encontrara vestígios para saber quem era o defunto transportado ou quem era quem morrera no acidente. Para resolver esta confusão, o Perito decidiu chamar o Padre. E assim, tivemos que esperar um bom tempo na estrada, até acabar a missa das seis horas para que o reverendo pudesse nos atender. Horas depois, chegou o Padre e identificou a pessoa com quem negociara a remoção e tudo ficou esclarecido quem morreu primeiro. <br />Explicando o caso: Ambos os cadáveres eram irmãos e muito parecidos. Um (o vivo) foi buscar o outro,(já falecido) em cidade próxima, acompanhando o motorista da funerária, e na volta, sofreram o acidente.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3999284812151878268.post-74911709143533594332009-12-27T14:53:00.000-08:002009-12-27T15:08:13.251-08:00PRENDEMOS O LADRÃO ????Já era tardinha, por volta das 17h00min horas, voltávamos de um local de furto qualificado em um estabelecimento comercial, no bairro Jardim Pacaembu, próximo do terminal de ônibus, quando fomos surpreendidos por populares apavorados e pelo Guarda Municipal, que estava de plantão naquele terminal, perseguindo um rapaz que havia roubado uns dos guichês. <br /> O GM, estava sozinho e pediu apoio à nossa equipe para a perseguição. Isso não faz parte de nossa atividade cotidiana, mas, como somos policiais não podíamos deixar de auxiliar a população e o colega de serviço. O larápio na fuga, havia tomado um coletivo da linha 5-21 e se misturado com os passageiros. O GM nem sabia direito as descrições fisionômicas, ou tipo de roupa que ele estava usando. Dizia-nos, apenas, que era um alemãozinho, garoto loiro, usando cabelo tipo rabo de cavalo e tênis amarelo. <br /> Perseguimos o ônibus por aproximadamente dois quilômetros e conseguimos que ele parasse na Praça da Arvore. O garoto apavorado pulou por uma janela lateral e saiu correndo muito rápido. O GM saiu atrás por um lado e o Perito por outro. Eu fiquei na viatura, dirigindo até onde podia. Corre daqui, cerca dali, por uns quatro quarteirões, até que o loirinho vacilou e colidiu com um carro parado que estava aguardado o semáforo abrir. Caiu e feriu um dos braços. Ainda meio atordoado, não teve tempo de levantar-se e o colega perito o agarrou e o GM grampeou. Até ai, o caso poderia ser mais uma simples detenção de um larápio se não fosse o fato do loirinho ser...... uma garota, portando um revólver de brinquedo.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3999284812151878268.post-11489190638056406732009-12-11T09:11:00.000-08:002010-01-16T09:39:48.581-08:00A BONECA<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_-heCGrCU0Hc/S1H50S01SXI/AAAAAAAAFRo/VnqaRvTyPFI/s1600-h/Copy+ofBONECA.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 265px; height: 320px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_-heCGrCU0Hc/S1H50S01SXI/AAAAAAAAFRo/VnqaRvTyPFI/s320/Copy+ofBONECA.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5427393702760106354" /></a><br />Chovia “pra mai da conta sô !”, como expressava meu colega mineiro, naquele mês de janeiro. Em toda a nossa região a chuva não dava trégua há mais de uma semana. Em Todos os plantões que trabalhamos, amassamos lama em vielas de favelas ou atolamos viatura em sítios e chácaras da região, periciando locais de delitos menores, como: furtos de equipamentos agrícolas, abate ilegal de gado, morte suspeita de animais, furto em residências de chácaras de veraneio, crimes ambientais de pequena monta etc. Tenho que confessar que estávamos com muito azar. Todo plantão voltávamos molhados. <br /> Mas, o que mais se destacou naquele mês, foi um chamado que recebemos, à tardinha, de uma delegacia de uma cidade distante a quase 30 km de nossa sede, para local de encontro de feto humano. Pelo menos viajamos sem chuva, mas, ao chegar ao local indicado pelo Delegado, já sentimos o drama de enfiar o pé na lama para caminhar em uma rua estreita, em declive, que findava ás margens de um córrego fedorento, de um conjunto habitacional, ainda em construção. Já estava escuro, e uma pequena aglomeração de pessoas curiosas nos esperava. Lá, encontramos também, um pequeno saco plástico semi-enterrado no lodo, as margens do córrego, com uma cabeça semelhante a de um bebê, pouco descoberta. Ao fazer as fotos iniciais, estranhei aquilo e quando o Perito aproximou-se, já calçado de luvas, foi remover o saco para analisar o objeto.. falou uns palavrões baixinho e..deu uma boa gargalhada.......era uma boneca de pano, com cabeça de porcelana !!!! <br />O Delegado, constrangido, pagou a janta.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3999284812151878268.post-75730233312436453202009-12-11T09:05:00.000-08:002010-01-16T09:36:30.191-08:00O PAR DE SAPATOS<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_-heCGrCU0Hc/S1H48O932SI/AAAAAAAAFRg/WEhM_gRSnEU/s1600-h/sapatos.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 246px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_-heCGrCU0Hc/S1H48O932SI/AAAAAAAAFRg/WEhM_gRSnEU/s320/sapatos.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5427392739651606818" /></a><br />Esta foi contada por um colega, já aposentado, que trabalhava em uma cidade da região canavieira do interior do estado. <br /> Aconteceu há vários anos atrás, um grave acidente automobilístico, envolvendo dois médios industriais da cidade, influentes na política do município e muito conhecidos por toda a população. Colidiram, durante a noite, com um caminhão carregado com cana de açúcar e ambos vieram a falecer. Foi comoção geral, toda a cidade compareceu ao enterro. Só faltou o prefeito declarar luto oficial. <br /> Voltando ao acidente, a equipe de perícias compareceu ao local, nosso colega fez todas as tomadas fotográficas, muito bem detalhadas, o Perito fez um longo laudo, exemplar, com croquis e cálculos matemáticos. Até ai tudo normal. Passados dois meses aproximadamente, uma das viúvas, foi ao IC buscar o laudo.<br /> Dias depois, ao observar as fotos, notou que seu falecido marido calçava seus (dele) reluzentes e caros sapatos importados, imaginamos ser de couro alemão ou semelhante. Ela reclamou então na Delegacia, pois, não haviam lhe devolvido tais peças quando recebeu do Delegado os demais pertences, como: relógio, óculos, carteira de documentos, anéis etc. O Delegado recomenda-a ir reclamar no necrotério com o médico chefe. Lá chegando, foi atendida pelo auxiliar de necropsia, sendo informada que o doutor já havia encerrado o expediente e voltaria só no dia seguinte. Entretanto, muito solícito, perguntou à viúva no que podia atendê-la. E ela respondeu direto:- para começar o senhor pode ir me devolvendo estes sapatos que está usando......... <br /> O caso virou sindicância administrativa.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3999284812151878268.post-36445724642536941172009-11-29T12:46:00.000-08:002009-11-29T13:05:05.088-08:00MACUMBA DE PAI DE SANTOEra véspera de dia de finados, fim de tarde chuvosa, dia feio, e para estragar mais, fomos chamados para um local de danos a sepultura no cemitério. O fato em si, de dano à sepultura parecia não ser novidade, geralmente, furtam vasos de metal, alguma estátua de anjo, danificam grades ou fazem algumas pichações sem maiores complicações. Mas este caso foi especial. <br />Era um túmulo de pessoa que foi importante na comunidade, industrial benemérito, muito religioso, e de família tradicional da região. Houve rompimento da laje principal, abriram o caixão e furtaram a cabeça do cadáver. O homem já havia falecido há uns três anos. Notícia de primeira página no jornal. As investigações prosseguiram por vários dias até que, em uma quarta feira à tarde, fomos requisitados pelo Delegado a um terreiro de Umbanda. Estranhamos a solicitação, pois não estava esclarecida a natureza do fato. Lá chegando, encontramos um altar, típico destes de terreiros, com várias estatuas de santos, orixás, velas coloridas, pratos com pipoca, flores, vasos com água de cheiro, etc, e um crânio humano, com uma vela vermelha acesa em cima. O pai de santo, paramentado, muito nervoso e esbravejante, estava algemado, sentado em canto da sala. Os outros participantes,amontoados em outro canto do salão, protestando contra a presença da policia. Ele usava do crânio para trabalhos de despachos. O crânio, foi posteriormente, identificado por exames da arcada dentária, realizados pelo IML,como sendo do industrial.<br />Saímos de lá sob mil pragas, rogadas pelo pai de santo.O Delegado, carregando o crâneo, foi o mais visado.<br /> Teve colega que tomou banho de sal grosso com arruda uns três dias....Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3999284812151878268.post-53832086444115847082009-11-29T12:31:00.000-08:002009-11-29T12:39:54.670-08:00NÓS OS BANDIDOS???Era julho, noite fria pra pingüim não botar defeito. Temperatura externa por volta dos oito graus, e um vento que dava a sensação de mais frio ainda. Estávamos bem acomodados e aquecidos nos velhos sofás que tínhamos no alojamento, assistindo uma partida de futebol na TV, quando fomos chamados para um local de roubo seguido de seqüestro. Agasalhamos-nos com sobretudos, botas, luvas, e com uma touca ninja, daquelas que só deixam os olhos à amostra e ainda bonés. Na época tínhamos uma viatura vw/santana, reformada, que ainda não estava com os adesivos policiais oficiais colados , indicativos de viatura policial. Era só branca e preta. <br /> Ao chegarmos ao local, estacionamos a uns trinta metros antes do portão da residência, sob uma árvore. Hoje, relatando este fato, acredito que, aquele dia, foi um dos mais arriscados momentos que passamos, poderíamos ser feridos ou mortos. Foi muita distração, ingenuidade ou bobeira mesmo. Três homens, mascarados, descendo de um automóvel, à noite, em uma rua de bairro classe alta, bem vigiada. Não andamos vinte metros e levamos um grande susto. “Fomos abordados por quatro policiais militares, que não vi de onde saíram, com armas em punho, falando grosso –“ parados ai, parados aí, mão pra cabeça, mão pra cabeça, na parede, na parede,” Fomos revistados e o clima ficou tenso quando encontraram nossas armas. Falávamos várias vezes que éramos policiais, da Policia Científica e viemos atender o local etc, etc, etc. Foram os cinco minutos mais longos de minha carreira. A situação só se acalmou quando chegou um oficial, mais calmo, e tivemos a chance de nos identificar. Levamos um sermão, do tenente, muito merecido eu reconheço. Alguns minutos depois que terminamos o trabalho pericial, acabamos tomando um cafezinho junto com os PMs e as vitimas da residência.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3999284812151878268.post-80692706681737465802009-11-19T16:07:00.000-08:002010-01-16T17:46:31.787-08:00O FOTÓGRAFO E OS GANSOS<a href="http://1.bp.blogspot.com/_-heCGrCU0Hc/S1Jrolt2nII/AAAAAAAAFSk/MFtQOXDEeis/s1600-h/gansos.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 213px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_-heCGrCU0Hc/S1Jrolt2nII/AAAAAAAAFSk/MFtQOXDEeis/s320/gansos.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5427518845998242946" /></a><br />Era um dia quente de verão, estávamos dirigindo para uma fazenda próxima à cidade de Paulínia onde faríamos uma reprodução simulada de crime (reconstituição) de uma chacina de uma família de sitiantes, ocorrida há alguns anos antes, e só neste ano é que o crime foi esclarecido e encontrado o criminoso. <br /> Lá estavam a vizinhança, Delegado, advogados das partes, um Promotor de Justiça, e alguns policiais que representariam os papeis das vítimas, e até alguns repórteres. Só faltava o réu que chegaria de São Paulo onde estava preso. Passa meia hora, quarenta minutos, uma hora, e nada. Os advogados faziam telefonemas, o Promotor estava impaciente, O Perito querendo ir embora, pois tinha outros locais aguardando, a temperatura por volta dos 40 graus, e havia pouca sombra para todos.<br /> O fotógrafo aproveitando a ocasião e o tempo ocioso, fazia fotos da paisagem, de algumas maritacas e duas araras que por lá moravam, e também achou interessante,fotografar uns gansos sinaleiros que ficavam soltos atrás das casas. Eram aproximadamente uns vinte. Tudo corria na mais calma e bucólica ordem, quando não se sabe o porquê, os gansos ficaram irritados com a presença do fotógrafo e avançaram coletivamente sobre o rapaz, picando-o por todos os lados. Em desespero, o colega correu uns cinqüenta metros até refugiar-se dentro da viatura e ainda assim os gansos, por fora, continuavam a fazer barulho e picando os vidros, até aparecer alguém da fazenda e acalmar a aves. O show valeu a longa espera. A platéia veio abaixo.....Para o fotógrafo sobrou o grande vexame, vários vergões nas pernas e braços, uma lente danificada, e a gozação dos colegas por várias semanas. <br /> A reconstituição foi cancelada, o réu não apareceu e o show acabou...Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3999284812151878268.post-8321683493298351832009-11-19T15:56:00.000-08:002010-01-16T09:42:34.244-08:00O GORDINHO TRAPALHÃO<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_-heCGrCU0Hc/S1H6YkXJfYI/AAAAAAAAFRw/423AN2_sJ-U/s1600-h/gordinho.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 241px; height: 320px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_-heCGrCU0Hc/S1H6YkXJfYI/AAAAAAAAFRw/423AN2_sJ-U/s320/gordinho.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5427394325942730114" /></a><br />Trabalhou conosco na Equipe, por uns seis anos, até pedir exoneração por não se adaptar à profissão de fotógrafo Técnico Pericial, um sujeito boa gente. Vou chamá-lo de Neto. Tinha quase dois metros, era bem pesado, sempre feliz, bom profissional, dedicado e responsável. Mas, pelo seu porte físico, e temperamento, era lento no trabalho, no falar, no pensar, no andar e dormia em qualquer lugar. Trabalhar com o Neto requeria paciência. Não adiantava apressá-lo, ele não lhe dava ouvidos e nem se aborrecia.Por isso, alguns peritos não gostavam de trabalhar com ele.<br /> Certa ocasião, inicio de noite, a Equipe foi chamada para um acidente em rodovia, envolvendo caminhões de combustíveis que se colidiram. Havia cadáveres na pista, trânsito parado, muita confusão, e o Delegado pedia pressa de atendimento. Na época, Neto trabalhava, também, em uma revendedora de automóveis e, quando chegava ao plantão, tomava um banho de moça, trinta minutos sob o chuveiro. O Perito para não se aborrecer, não quis esperar o Fotógrafo e saiu com o investigador, nosso motorista companheiro de plantão, sujeito experiente, e que sabia fotografar. Neto, meio que chateado, não se conformou com essa atitude do Perito, pegou seu carro e, dirigiu-se ao local do acidente, sem que o perito soubesse. <br />Lá chegando, o congestionamento era grande, pista parada, Neto foi buzinado e pelo acostamento, fazendo passagens perigosas, abrindo caminho a todo custo, até que dois Policiais Rodoviários o interceptaram . Explica daqui, explica dali, deu azar ainda, de não estar portando documentos policiais e acharem sua arma sobre o banco. Não convenceu. Foi detido por porte ilegal de arma, tomou várias multas de trânsito e queiram representá-lo por desacato às autoridades. O Perito não sabendo de nada, terminou o trabalho na pista e voltou ao plantão para pegar o Fotógrafo e ir a outros locais. Cadê o Neto, Ta dormindo? Não. Imaginou que foi fazer um lanche próximo dali. Esperam quinze minutos, meia hora e nada do rapaz. Neste ínterim, Neto já estava no 25º DP sendo apresentado pelos Rodoviários. Por sorte do rapaz, o escrivão o conhecia e, pode contar com calma, toda a história. O Delegado confirmou, por telefone, com o Perito e conseguiu aliviar as acusações contra ele, mas os Rodoviários não perdoaram as multas. O dia já estava claro quando Neto voltou ao IC.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3999284812151878268.post-29833785497277324892009-11-14T16:45:00.000-08:002009-11-14T16:59:41.072-08:00A DELEGADA E O BANDIDOIsto ocorreu por volta de 1987/88, quando até então, eu jamais tinha visto uma Delegada de Polícia,! Eram raríssimas na época. Assim, certa noite de fim de semana, recebi um telefonema da Delegacia de Monte Mor, solicitando que a doutora Fulana de Tal, estava nos convocando para um local de homicídio. Até imaginei que o escrivão estava tirando uma onda com nossa cara, mas era verdade. Lá existia uma Delegada!!. <br /> Ao chegarmos, estava curioso, deparei com uma jovem senhora loira, toda de preto, distintivo no peito, carregando uma cartucheira 12 e uma pistola na cinta, e nos recebeu friamente. Estava acompanha de um investigador e quatro policiais militares, também fortemente armados. Com essa tropa toda, nos dirigimos à periferia da cidade, onde havia uma danceteria com show de forró. Lá havia um cadáver esfaqueado num canto do salão, muito sangue espalhado, mesas quebradas, cacos de garrafa por toda parte, muita gente amontoada em volta e ainda um bate-boca de alguns exaltados na porta do clube. <br /> A Delegada logo pôs ordem na casa. Os PMs retiraram os curiosos do salão e começamos a trabalhar. O perito examinando o cadáver, os vestígios do local e eu fotografando. <br /> Em dado momento, começou um tumulto. A Delegada, falando duro, estava inquirindo e revistando alguns freqüentadores, que resistiam ao seu comportamento. Um dos detidos tentou encarar a Autoridade com palavras de baixo calão, não querendo ser revistado por uma mulher. Ela sem exitar aplicou-lhe uma chave de braço, e empurrou-o contra a parede. Ele reagiu e recebeu dois fortes tapas na cara, foi algemado, detido, ficando ainda com uma marca na face, arranhada pelo anel da Delegada. A galera vibrou.. Urras e palmas pra Delegada. Notícia na cidade por uma semana. <br /> Mais tarde, soube-se que o valentão havia confessado o crime. Matou por ciúme.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3999284812151878268.post-15782661278049496152009-11-14T16:40:00.000-08:002009-11-14T16:45:09.408-08:00MATARAM O CADÁVEREra um sábado. Estávamos em um local de homicídio. Bar de periferia, barraquinha de madeira mesmo. Rua sem asfalto, esgoto correndo a céu aberto, várias dezenas de pessoas aglomeradas ao redor, mães com crianças de colo, outras crianças brincando por ali, como se fosse um acontecimento normal. Até tinha um vendedor ambulante de roupas, e um sorveteiro circulando por ali. Poucas vezes vi tanto cachorros junto soltos pela rua. Já era quase noite, e o cadáver ainda estava ali, havia horas. Recebeu diversos tiros pelo corpo, mas nenhum na cabeça. Quando terminávamos nossos trabalhos periciais, chegou a equipe da prefeitura que faz o resgate de cadáveres. Como a população estava agitada e apoiando o protesto de familiares por causa da demora da recolha do morto, os rapazes sem muito escrúpulo, e temerosos de alguma represália física, pegaram o corpo de mau jeito e ao colocarem no caixão, o funcionário que segurava o lado da cabeça, deixou o corpo cair , causando forte batida da cabeça ao solo. Sangrou foi óbvio. Neste instante houve um clima de histeria de umas duas senhoras gritavam:- Agora sim, mataram o João, agora sim mataram o João, assassinos, assassinos, queremos justiça, justiça.....Escorregando e quase caindo os rapazes aceleraram com tudo, debaixo de pedradas.... <br />Escapamos por sorte.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3999284812151878268.post-43855251160701999862009-11-10T16:54:00.000-08:002009-11-10T17:01:08.622-08:00O PEIRCINGEste fato ocorreu no ano de 1999, em uma cidade do interior do estado, região rica de laranjais e canaviais. Era final do ano, e o verão já havia chegado bem quente. A Equipe, formada de um fotógrafo nosso colega que me relatou este caso, uma Perita recém-formada, jovem, solteira, com muita disposição a aprender, encarava qualquer caso com naturalidade impressionante para uma iniciante. Tomava chuva ou amassava lama sem reclamar. Acompanhava a equipe um Investigador de Polícia, veterano, em véspera de aposentadoria, que atuava como motorista. Foram chamados para um encontro de cadáver em um condomínio de casas térreas, de classe média alta. Lá chegando, encontraram um rapaz sentado dentro de uma banheira de hidromassagem, com a cabeça e os braços fora d água. Estava nu e com o pênis quase totalmente ereto. Isto, já foi motivo de pequenas piadas na equipe e gerou um clima de descontração no ambiente. A perita solicitou então que tirassem o morto da banheira para um exame melhor em suas costas, pois não apresentava nenhum ferimento ou hematomas aparentes. Deitado o rapaz, a perita observou imediatamente um peircing, aplicado nos testículos do moço e com um tom espontâneo exclamou:- Que bonitinho !!!, este modelo eu nunca vi, vou procurar um igual pra mim.......... O investigador, de pronto, completou:- leva este ai mesmo, não vai servir mais pra ele....<br />Resumo da historia: o moço morreu de overdose de alguma droga, e o peircing ficou com o dono.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3999284812151878268.post-35191066904627471692009-11-10T16:45:00.000-08:002009-11-10T16:54:36.419-08:00O TROPEÇÃOSemana de carnaval, cidade vazia, e um dia com garoa constante. Foi uma terça-feira morna no plantão, poucos locais de furtos e nenhum acidente grave ocorreu. Ao anoitecer, tudo mudou. Um incêndio de grandes proporções, em um Supermercado agitou a cidade. Fomos ver o trabalho dos bombeiros e assistimos cenas cinematográficas tristes, com feridos, porém, com grandes atos de heroísmo, salvando alguns funcionários. <br /> Na manhã seguinte fomos acionados para periciar o local. havia um cadáver sob os escombros. Ainda esperamos algum tempo os bombeiros acabarem com a operação de rescaldo e resfriarem o ambiente.<br /> Entrar em local de incêndio é sempre um dos maiores riscos que corremos. Desde se queimar em uma brasa ainda fumegante, pisar em falso em uma parte oca e afundar, algo desabar sobre sua cabeça e no mínimo você sair sujo de cinzas e seu corpo ficar cheirando queimado mesmo depois de três banhos... Nessa época eu já tinha alguma experiência e sempre levava um par de botas e roupas de reserva aos plantões.<br />Bem, lá estávamos nós em pleno coração das ruínas, acompanhados de um oficial bombeiro nos auxiliando a localizar o cadáver. Eu fotografando tudo o que o perito mandava, sempre preocupado onde pisava, para não escorregar em restos de alimentos e detritos ou procurando não bater a cabeça em pequenos “túneis” de estantes e balcões retorcidos por onde passávamos ou tentávamos passar. Localizado o cadáver, ou melhor, uma ossada, o Perito estava iniciando o trabalho pericial quando então, houve um instante, que o oficial bombeiro quis afastar-se, a meu ver para não atrapalhar o perito, foi pular sobre o cadáver e............acabou chutando, sem intenção, foi evidente, o crânio do morto, deslocando-o do corpo. Coitado do bombeiro, não sabia aonde enfiar sua cara. Muito constrangido, só emitiu alguns palavrões, pediu desculpas e o resto, foi só risada.....<br />A ossada, posteriormente, foi identificada como sendo do padeiro.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3999284812151878268.post-30627402987295992492009-11-09T11:44:00.000-08:002009-11-09T11:50:27.006-08:00A PERITA E A PROSTITUTADomingo calmo no plantão. Pela manhã não recebemos nenhum chamado. Logo após terminarmos nosso almoço, fomos acionados para um homicídio na área central da cidade. Era um hotel de terceira categoria, ponto de travestis, prostituição e venda de drogas, próximo da estação ferroviária. <br /> Aquele domingo eu estava acompanhando uma jovem perita, com pouco mais de um ano de casa, muito dedicada, competente no que fazia, porém um pouco estabanada. <br /> Quando chegarmos ao local, ficamos sabendo que o cadáver era da “dona” do hotel, uma senhora de cinqüenta e poucos anos, pesando bem mais de cem quilos. Estava caída dentro de um dos quartinhos, bem junto à porta de entrada, impossibilitando-nos de ter acesso ao cômodo. O quartinho nem tinha qualquer janela, só um vitrozinho, localizado nos fundos de um corredor.<br /> Bem...,tínhamos que entrar ali de alguma forma. Convocamos alguns “moradores” e os Policiais Militares que preservavam o local para nos auxiliar a abri a porta. A perita, muito dedicada, era a primeira da fila, empurrando a porta. Cada um dando uma idéia, força daqui, empurra dali, gente querendo dar pontapé, e nada. Não recordo quantos estavam empurrando a porta, mas.... em outro minuto..... a porta arrebentou. E a perita, primeira da fila, estatelou-se sobre o cadáver da gorda. Ajuda e risos não faltaram......<br /><br />Resumo da história: a Gorda suicidou-se com um tiro no rosto.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3999284812151878268.post-50054541218587151642009-11-09T11:41:00.000-08:002009-11-09T11:44:27.580-08:00E O FOTÓGRAFO, SUMIU.....??Seu Felício, já falecido, foi nosso colega por doze anos. Quando o conheci, vivia já na casa dos cinqüenta e poucos anos. Era muito metódico, perfeccionista, tinha o melhor conjunto de equipamento fotográfico de todos nós. Sempre tivemos carência de bons equipamentos e quando estes quebravam, Seu Felício é quem os consertava, ou melhor, remendava. As peças que faltava ele, às vezes, até as fabricava e o equipamento voltava a funcionar. Nos locais, era o que mais demorava em realizar suas tarefas. Não perdia uma foto. Se o flash falhasse à noite, ele fazia fogueira, tocha, parava carros para iluminar a cena. Enfim, sabia tudo de macetes fotográficos para fazer um bom trabalho. Porém, foi com ele que aconteceu uma das cenas mais hilárias daquele ano. <br />Certa noite, em local de atropelamento com vitima fatal, a beira de uma rodovia, havia, como sempre, uma multidão de curiosos, e muito tráfego de carros e caminhões. Os policiais estavam nervosos, apreensivos, tentando evitar novo atropelamento. O perito, longe do cadáver procurando vestígios. Seu Felício, fotografando o morto com dificuldade, por motivo da falta de luz para fazer um foco correto, (nossas câmeras eram totalmente mecânicas) ia fazendo várias tomadas de diversos ângulos. Eis que ao afastar-se do cadáver, andando de ré, caiu em um pequeno fosso de um metro e meio aproximadamente de profundidade. Por incrível que pareça ninguém viu! Atordoado pelo susto e limitado pela sua avançada idade, para levantar-se, por ali ficou alguns minutos. O Perito imaginando que o fotógrafo já havia terminado o serviço deixou o local. Como não havia chegado até a viatura, o Perito voltou impaciente a procurar o Seu Felício por vários pontos da estrada, sem o localizar. Vários minutos depois, vem um policial rodoviário amparando o colega, todo dolorido, sujo, sem ferimentos, e com o equipamento quebrado. Mas as fotos ficaram boas.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3999284812151878268.post-53046702241997680032009-11-05T10:09:00.000-08:002009-11-05T10:11:12.998-08:00LADRÃO AZARADOSempre foi constante o aumento de furtos à residências e empresas, durante os feriados prolongados, de carnaval, festas natalinas, férias escolares, quando as pessoas viajam por muitos dias e suas propriedades ficam vazias. .Este caso seria um furto a mais se não fosse o inusitado da ocorrência. Duas senhoras, irmãs, na faixa dos 70 anos, moravam sozinhas, em uma ampla e vistosa casa no alto do bairro Taquaral. Quando Chegamos choravam inconsoladas, amparadas por vizinhos. Tinham chegado de viajem e encontrado a casa toda revirada e um homem, pardo, nu, morto, enroscado em um dos largos vitrôs, nos fundos da casa. Fomos verificar e defrontamos com um sujeito todo ensebado, nu, preso pela cabeça, dependurado no vitrô. Alguns objetos já haviam sido retirados da casa e estavam no corredor externo, pronto para serem levados. Encontramos apenas um calção e um chinelo do pilantra. Concluímos que a escadinha de alumínio que usara para subir e passar pelo vitrô caiu, vindo a ficar com o pescoço enroscado em um dos caixilhos, quando ele voltava para se retirar da casa, enforcando-se.Unknownnoreply@blogger.com0