quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

O PERITO DORMINHOCO

Ele veio transferido da baixada santista. Ficou conosco por três anos aproximadamente. Sujeito de bom caráter, brincalhão, simpático e competente na profissão. Porém, bastava entrar na viatura, e três quarteirões adiante, já estava recostado, cochilando. Podia ser durante o dia ou a noite. Durante os plantões noturnos, era difícil acordá-lo para sair, sempre “enrolava” mais um tempinho.
Alguns colegas, agentes policiais, quando trabalharam com ele, não gostavam disso. Achavam desrespeito, falta de coleguismo, bobagens desse tipo.
Foi então que, certa madrugada, a equipe foi chamada para uma colisão, em bairro da periferia, e os colegas resolveram aprontar com ele.
Ao voltarem para a Sede, ele já cochilando, como sempre, pararam a viatura umas quadras antes, desceram bem devagar, trancaram a viatura e o deixaram lá, dormindo.
Algumas horas depois, ele foi acordado por policiais militares, em ronda, que estranharam a viatura ali parada, em local estranho, e uma pessoa dormindo dentro.
Foi acordado, muito assustado, ficou constrangido e sem uma explicação razoável para dar aos colegas. Chegou a pé, soltando faíscas por todo lado.
Aquela manhã, quase que houve briga de fato. Muito palavrão ameaça de repreensões, gozações, mas logo tudo acabou em pizza e risadas. Nosso Chefe não aprovou a brincadeira.

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