quinta-feira, 29 de outubro de 2009

A VELHINHA


Era julho, tres da matina, noite muito fria, e estavamos preparando para dar uma “encostada”. Já havíamos atendido uns seis locais, rodado mais de cento e vinte quilometros, só na cidade, quando o telefone tocou. CEPOL chamando para local de homicidio. Era o endereço de uma fina residência, em bairro nobre, de família muito conhecida da alta sociedade, muros altos, segurança na rua., região de raras ocorrência policias.
Ao chegarmos fomos recebidos a porta, por um amigo da familia que nos encaminhou por uma sala ampla, com móveis antigos, pouco iluminada, TV ligada e onde havia uma senhora sentada em uma poltona, em um dos cantos.. Ao adentrarmos, o Perito comprimentou gentilmente a velha e perguntou ao nosso anfitrião, se os PMs já tinham chegado e o senhor nos respondeu que estavam na cozinha. Lá estavam eles tomando café com bolacha, havia leite e fruta à mesa. Nestas circunstâncias, também fizemos uma “boquinha”. Já fazia algumas horas que tinhamos lanchado. Alguns minutos depois o Perito pergunta a um dos familiáres: -Onde está o cadáver? Muito consternado ele responde:- Está na sala. Ficou dificil contermos de risos. O constrangimento foi geral. O Perito cumprimentou a falecida e passamos por ela despercebidos!!!!
A velha morreu de um pancada na cabeça desferida por um neto deficiente mental, morador da casa.

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