domingo, 1 de novembro de 2009

ORELHAS ENFEITAVAM O PONTO DE ÔNIBUS

Estávamos efetuando perícia em local de acidente de trânsito, na rodovia Campinas/Monte-Mor, próximo a IBM, sem grandes conseqüências, logo pela manhã de um daqueles dias quentes e empoeirados. .Durante o trajeto, recebemos uma mensagem pelo rádio, que o Delegado de Hortolândia pedia nosso comparecimento à Delegacia local. Quando lá chegamos já estavam os repórteres da rádio e do jornal da cidade querendo notícias. E ai Dr. Qual é o assunto? , perguntamos. Meio constrangido o Delegado nos chamou separadamente na sala e explicou:- Um popular achou um par de orelhas penduradas no ponto de ônibus, próximo daqui, e tem um Guarda Municipal, preservando o local. Ele está apreensivo com a aglomeração de populares. Estão fazendo gozação, querendo dar as orelhas aos cães. Ao chegarmos, realmente, havia muita gente no local e o GM, sentado no banco do ponto de ônibus, com arma na mão, ouvindo mil piadinhas do povão, e duas orelhas fresquinhas estavam penduradas, uma em cada extremidade da cobertura do ponto de ônibus, acompanhadas de uma plaqueta de papelão com dizeres mal inscritos: “Zelão, tá pago” O Delegado ainda teve que pagar um mico para o IML, pedir um carro de cadáver para buscar um par de orelhas.
Dois dias depois, foi encontrado um cadáver de um homem nu, sem orelhas, dentro de um poço no município vizinho de Sumaré. Vingança de quadrilhas.

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